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Archive for the ‘artigos’ Category

“Apesar de sua fisionomia típica, devido à dominância da Araucária no dossel, esta floresta não pode ser considerada como uma formação floristicamente homogênea, pois, assim como as demais formações vegetacionais do globo terrestre, é influenciada por vários fatores, dentre eles o clima.”

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Annals of the New York Academy of Sciences: The Year in Ecology and Conservation Biology 2010 v. 1195, p1–212
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/nyas.2010.1195.issue-1/issuetoc

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As árvores nas cidades trazem vários benefícios à sociedade e ao meio ambiente. Porém, uma arborização com a utilização de espécies inadequadas ao espaço urbano, como as de porte muito grande ou susceptível aos ventos, pode trazer problemas, como a queda de árvores ou de grandes galhos, que causam prejuízos materiais e acidentes.

São vários os fatores que podem explicar a maior susceptibilidade à queda de uma árvore, como: a idade, a dimensão, a densidade da folhagem, a largura do fuste e a densidade da madeira das árvores, além de fatores como a construção de edifícios e pavimentos que causam a diminuição da camada superficial e a compactação do solo, diminuindo o volume de solo disponível para o crescimento das raízes1. O estado fitossanitário da árvore certamente também é de grande influência.

Foto de Marcelo Träsel

Um estudo2 foi publicado recentemente na Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana com o objetivo de avaliar os danos causados na arborização do Campus da Universidade do Estado de Santa Catarina, em Lages, após a ocorrência de uma tempestade severa.

As espécies que tiverem o número de árvores danificadas maior do que o esperado para uma distribuição aleatória e, portanto, consideradas susceptíveis à tempestade ocorrida foram: Cupressus lusitanica (Cipreste Portugues), Mimosa scabrella Benth. (Bracatinga), Tipuana tipu (Benth.) Kuntze (Tipuana), Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze (Araucária), Paulownia tomentosa (Thunb.) Steud. (Kiri) e Senna pendula (Willd.) H.S.Irwin & Barneby.

Como destacados pelos autores, o estudo considerou apenas a ocorrência de um evento de ventos fortes, o que limita a generalização dos resultados, de forma que serão necessárias avaliações futuras após outros eventos climáticos semelhantes para que se possa refinar o conhecimento sobre a suscetibilidade de espécies da arborização urbana. De qualquer forma, até a existência de estudos mais conclusivos, não é recomendado o uso das espécies supracitadas na arborização urbana.

Referências:

1OLIVEIRA, S.; LOPES A. Metodologia de avaliação do risco de queda de árvores devido a ventos fortes, o caso de Lisboa. In: CONGRESSO DA GEOGRAFIA PORTUGUESA, 6., 2007, Lisboa. Anais… Lisboa, 2007. p. 1-21.

2MOSER, P. ; SILVA, Ana Carolina da ; HIGUCHI, Pedro ; SANTOS, E. M. ; SCHMITZ, V. . Avaliação pós-tempestade da arborização do campus da Universidade do Estado de Santa Catarina em Lages, SC. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 5, p. 36-46, 2010. (Disponível aqui)

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Foto de Leonardo F. Freitas

Afinal, quais fatores ambientais que poderiam explicar as variações espaciais nas taxas de crescimento de árvores em florestas tropicais? Clima, fertilidade do solo ou intensidade de distúrbios? Evidentemente, existe uma interação entre todos estes fatores. No entanto, foi observado em um estudo recente, desenvolvido em uma floresta tropical úmida de terras baixas na Bolívia, que o clima foi o fator mais determinante. Nos locais com maior quantidade de chuva, menor a estação seca e maior temperatura foram observadas as maiores taxas de crescimento.

Como destacado pelos autores, este estudo demonstra os possíveis impactos de mudanças climáticas sobre a produtividade primária e o sequestro de carbono em ecossistemas florestais tropicais.

Climate is a stronger driver of tree and forest growth rates than soil and disturbance: “

Summary

1. Essential resources such as water, nutrients and light vary over space and time and plant growth rates are expected to vary accordingly. We examined the effects of climate, soil and logging disturbances on diameter growth rates at the tree and stand level, using 165 1-ha permanent sample plots distributed across Bolivian tropical lowland forests.
2. We predicted that growth rates would be higher in humid than in dry forests, higher in nutrient-rich than nutrient-poor forests and higher in logged than non-logged forests.
3. Across the 165 plots we found positive basal area increases at the stand level, which agree with the generally reported biomass increases in tropical forests.
4. Multiple regression analysis demonstrated that climate variables, in particular water availability, were the strongest drivers of tree growth. More rainfall, a shorter and less intense dry period and higher temperatures led to higher tree growth rates.
5. Tree growth increased modestly with soil fertility and basal area growth was greatest at intermediate soil fertility. Surprisingly, tree growth showed little or no relationship with total soil nitrogen or plant available soil phosphorus.
6. Growth rates increased in logged plots just after logging, but this effect disappeared after 6 years.
7.Synthesis. Climate is the strongest driver of spatial variation in tree growth, and climate change may therefore have large consequences for forest productivity and carbon sequestration. The negative impact of decreased rainfall and increased rainfall seasonality on tree growth might be partly offset by the positive impact of increased temperature in these forests.

Toledo, M., Poorter, L., Peña-Claros, M., Alarcón, A., Balcázar, J., Leaño, C., Licona, J. C., Llanque, O., Vroomans, V., Zuidema, P. and Bongers, F. , Climate is a stronger driver of tree and forest growth rates than soil and disturbance. Journal of Ecology, no. doi: 10.1111/j.1365-2745.2010.01741.x

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Publicamos recentemente um artigo que mostra a relação entre a flutuação do lençol freático e os padrões de riqueza e de estrutura da comunidade arbórea em fragmentos aluviais no sul de Minas Gerais.
Assim como a maior parte da Mata Atlântica, as florestas aluviais foram intensamente perturbadas ao longo da história de nosso país, em função de se localizarem próximas de cursos de água, em áreas com a presença normalmente de solos de maior fertilidade e com relevo mais plano, características favoráveis à agricultura. Além disso, devido a água ser um recurso essencial à vida, muitas cidades se originaram nestes locais, contribuindo para sua degradação. Para o subsídio de ações que visem a restauração de florestas aluviais, é fundamental um maior conhecimento sobre a ecologia de comunidades de espécies arbóreas.  Dentre os fatores ambientais que influenciam o componente arbóreo neste tipo de ambiente, destaca-se a flutuação do lençol freático, como ficou evidenciado no presente artigo. Segue a referência e o resumo do mesmo:

SILVA, AC.; HIGUCHI, P.; VAN DEN BERG, E.. Effects of soil water table regime on tree community species richness and structure of alluvial forest fragments in Southeast Brazil. Braz. J. Biol.,  São Carlos,  v. 70,  n. 3, Aug.  2010 . 

ABSTRACT
In order to determine the influence of soil water table fluctuation on tree species richness and structure of alluvial forest fragments, 24 plots were allocated in a point bar forest and 30 plots in five forest fragments located in a floodplain, in the municipality of São Sebastião da Bela Vista, Southeast Brazil, totalizing 54, 10 × 20 m, plots. The information recorded in each plot were the soil water table level, diameter at breast height (dbh), total height and botanical identity off all trees with dbh > 5 cm. The water table fluctuation was assessed through 1 m deep observation wells in each plot. Correlations analysis indicated that sites with shallower water table in the flooding plains had a low number of tree species and high tree density. Although the water table in the point bar remained below the wells during the study period, low tree species richness was observed. There are other events taking place within the point bar forest that assume a high ecological importance, such as the intensive water velocity during flooding and sedimentation processes.
Keywords: Atlantic Forest, tree species, water saturation, wetlands.

RESUMO:
Com o propósito de avaliar a influência da flutuação do nível freático do solo sobre a riqueza de espécies arbóreas e a estrutura de fragmentos florestais aluviais, foram alocadas 24 parcelas em um dique marginal de floresta ciliar e 30 parcelas em cinco fragmentos localizados na planície de inundação no Município de São Sebastião da Bela Vista, na região sudeste do Brasil, totalizando 54 parcelas de 10 × 20 m. As informações coletadas em cada parcela foram: altura do nível freático do solo, diâmetro à altura do peito (DAP), altura total e identificação botânica de todas as árvores com DAP > 5 cm. A flutuação do nível freático foi avaliada por meio de um poço de observação enterrado a uma profundidade de 1 m em cada parcela. Análises de correlação indicaram que, na planície de inundação, os locais com o nível freático do solo mais superficial possuíram menor número de espécies arbóreas e maior densidade de árvores. Apesar do dique marginal da floresta ciliar apresentar o nível freático no solo abaixo de 1 m de profundidade durante o período de estudo, nesse local foi observada baixa diversidade de espécies arbóreas. No dique marginal existem outros eventos com maior importância ecológica que podem explicar a baixa diversidade, tais como a velocidade do rio mais intensa durante enchentes e o processo de sedimentação.

Palavras-chave: Floresta Atlântica, espécies arbóreas, saturação hídrica, áreas inundáveis.

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